Candidato afegão pede suspensão da contagem de votos
Abdullah Abdullah disse que suspendeu cooperação com órgãos eleitorais e pediu que interrompam a contagem de votos por causa de fraude generalizada
Por
Da Redação
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18 jun 2014, 09h56
Abdullah Abdullah: recusa de trabalhar com as comissões eleitorais mergulhou o país em uma profunda crise
(Mohammad Ismail/Reuters/)
Cabul – O candidato presidencial afegão Abdullah Abdullah disse nesta quarta-feira que suspendeu a cooperação com os órgãos eleitorais do país e lhes pediu que interrompam a contagem de votos por causa de fraude generalizada.
“O processo de contagem deveriam ser interrompidos imediatamente e, se continuarem, não terão legitimidade”, declarou Abdullah a repórteres.
A recusa de Abdullah de trabalhar com as comissões eleitorais mergulhou o país em uma profunda crise política poucos dias depois do segundo turno da eleição presidencial.
O rival de Abdullah, o economista Ashraf Ghani, ex-economista do Banco Mundial, não estava disponível de imediato para comentar o assunto, mas havia declarado anteriormente que todos os partidos políticos deveriam respeitar o processo.
Os aliados estrangeiros do governo afegão temiam que o pior cenário para o processo eleitoral fosse um resultado apertado combinado com fraude generalizada, o que daria aos candidatos perdedores motivo para se recusarem a aceitar a derrota.
Embora ainda haja urnas eleitorais que não chegaram à capital, Cabul, para a apuração, Abdullah diz que os dados preliminares e outras evidências recolhidas por sua equipe mostram fraude em massa.
“De agora em diante, hoje, nós anunciamos que não confiamos ou acreditamos nos órgãos eleitorais”, prosseguiu Abdullah. “Peço a todos os nossos observadores que abandonem o monitoramento e retornem às nossas bases provinciais.” Analistas temem que alegações de fraude de ambos os lados possam conduzir a uma duradoura e paralisante luta pelo poder em linhas étnicas, ameaçando levar ao fracasso as tentativas de transferir o poder democraticamente pela primeira vez na história do Afeganistão.
De acordo com os primeiros informes recebidos pela equipe de Abdullah, os resultados da eleição de sábado colocam Ghani na dianteira por quase 1 milhão de votos de vantagem.
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1. 2. Iraque
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1/4 (Joe Raedle/Getty Images)
O quê: eleições parlamentares Quando: abril O atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois. Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade. O novo líder terá de enfrentar um
Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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2. 8. Turquia
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2/4 (MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)
O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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3. 10. Brasil
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O quê: eleições presidenciais
Quando: outubro
Dilma Rousseff não deve ter dificuldade para conseguir o seu segundo mandato. A grande discussão da oposição se limita a saber quem pode ser forte o bastante para prolongar a disputa até o segundo turno. Dilma deverá enfrentar, em junho, o teste de fogo da
Copa do Mundo (se algo der muito errado, as consequências para o governo são imprevisíveis). Além disso, mais uma onda de protestos em junho já está agendada há tempos no calendário dos manifestantes.
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4. Agora conheça o povo mais materialista do mundo
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