
Pintura de Michelangelo, "A Criação de Adão", feita por volta de 1511: EUA gastam um bilhão de dólares com teoria criacionista (Wikimedia Commons/)
São Paulo – Quanto pesa no bolso de um país seguir os ensinamentos da Bíblia nas escolas durante as aulas de ciência?
Muito, pelo visto, se observarmos os Estados Unidos.
Segundo reportagem do Politico, o governo americano gasta 1 bilhão de dólares por ano para ensinar a teoria do criacionismo nas escolas.
Esse montante é bem significativo: maior que o PIB de 23 países, segundo a ONU, como os orçamentos de Zanzibar e São Tomé e Príncipe.
O recurso é gasto em forma de subsídios públicos destinado a escolas privadas.
Os programas didáticos de muitas dessas escolas nem incluem, paralelamente aos ensinamentos cristãos, a teoria da evolução ou outros fatos científicos.
E os livros vão além da criação do mundo em sete dias, segundo a reportagem: desdenham do secularismo, desacreditam momentos de descobertas científicas históricas e até hostlizam cientistas famosos.
Leis
Nos EUA, as escolas públicas, por lei, não podem colocar a teoria criacionista no currículo. Mas estados como Louisiana e Tennessee decidiram criar leis próprias para permitir isso.
Um levantamento da Slate achou dezenas de escolas, públicas e privadas, que ensinam criacionismo aos alunos.
Em Indiana, por exemplo, são 37 escolas. Na Flórida, 134.