
Aerolíneas Argentinas: companhia local deve ser privilegiada no mercado de aviação pelo novo presidente (Julio Etchart/Getty Images)
Os ministros da Argentina do Turismo, Gustavo Santos, e do Transporte, Guillermo Dietrich, eram esperados em Brasília amanhã, 29 de outubro, para a assinatura de um acordo de ampliação de voos entre os dois países. Depois que o peronista Alberto Fernández derrotou ontem, nas eleições presidenciais, o atual chefe de Estado, Mauricio Macri, o tratado está em risco.
Assim que o resultado das urnas foi anunciado, Santos e Dietrich avisaram a seus interlocutores no governo brasileiro que a viagem está suspensa até que a atual administração argentina e a equipe de Fernández conversem a respeito, segundo EXAME apurou.
O acordo em vigor, de 1996, atualmente prevê 133 voos (ida e volta) entre o Brasil e a Argentina por semana. Todas as frequências estão ocupadas atualmente.
Durante a campanha eleitoral, Fernández sinalizou que pretende privilegar a Aerolíneas Argentinas, maior companhia do país, que faz voos domésticos e internacionais, no mercado local. Essa estratégia poderia limitar o acesso de companhias brasileiras à Argentina.